Como a IA generativa muda o jeito de programar

Por TecnoHub

25 de julho de 2025

Programar já foi sinônimo de noites em claro decifrando bugs misteriosos e digitando linhas e mais linhas de código manualmente. Mas, nos últimos tempos, um novo ator entrou em cena e está mudando as regras do jogo: a inteligência artificial generativa. Ferramentas como GitHub Copilot, ChatGPT, Tabnine e outras estão reescrevendo a forma como desenvolvedores encaram seu trabalho — literalmente.

Agora, imagine um cenário em que você escreve apenas o que quer fazer — em linguagem natural — e a IA sugere o código pronto. Parece mágica, mas é tecnologia. Isso não quer dizer que o programador virou peça decorativa, longe disso. O papel do desenvolvedor evoluiu, passou a ser mais estratégico. Menos digitação, mais raciocínio. E isso abre uma série de discussões sobre produtividade, qualidade e até ética na codificação.

A IA generativa atua como copiloto, não como piloto. Ela sugere, completa, automatiza trechos repetitivos — mas ainda depende do humano para entender o que precisa ser feito e validar se o resultado faz sentido. Ainda é preciso saber programar, mas talvez de um jeito novo. Um jeito mais colaborativo entre cérebro e máquina, entre lógica e linguagem.

É como se estivéssemos trocando a chave de fenda por uma parafusadeira elétrica. A tarefa é a mesma, mas a ferramenta muda tudo. Vamos explorar mais a fundo como isso está transformando o dia a dia de quem vive (e sobrevive) de código?

 

Produtividade acelerada: o programador em modo turbo

Se tem uma palavra que define o impacto da IA generativa na programação, é “velocidade”. Desenvolvedores agora escrevem mais código em menos tempo, automatizando tarefas repetitivas, testando ideias rapidamente e cortando boa parte daquele famoso “tempo de pesquisa no Stack Overflow”. Isso não significa pular etapas, mas sim ganhar fôlego — e tempo — para focar no que realmente importa.

Isso muda o fluxo de trabalho de forma radical. Antes, um dev gastava horas construindo a base de um CRUD (aquelas operações básicas de banco de dados). Hoje, com IA, isso pode ser gerado em segundos. E com sugestões contextualizadas! Em empresas menores ou que optam por Terceirização de TI, esse tipo de ferramenta vira uma alavanca de eficiência — menos tempo de entrega, mais valor gerado para o cliente.

Mas calma, não é só sobre digitar menos. É sobre pensar melhor. A IA força o desenvolvedor a ser mais claro no que quer, a estruturar melhor suas ideias, a revisar com mais cuidado o que está sendo entregue. Isso afina a lógica e ajuda até quem está começando na área. Afinal, é como ter um mentor técnico 24 horas por dia — mesmo que ele cometa erros de vez em quando.

 

Colaboração e documentação: menos ruído, mais clareza

Outro ponto onde a IA generativa entra em cena com força é na organização do código. Sim, ela também documenta. Comandos bem escritos podem gerar automaticamente explicações em linguagem natural sobre o que uma função faz. Ou seja, aquela etapa que muitos devs pulavam (confessa aí) agora pode ser automatizada — e muito bem-vinda nos times ágeis, por exemplo.

E não é só sobre documentar. É sobre melhorar a comunicação entre os membros da equipe. Equipes que usam Serviços de TI para empresas conseguem padronizar práticas, aplicar boas práticas de programação e manter o código mais limpo, legível e funcional. Isso reduz retrabalho, aumenta a confiança e fortalece a cultura dev.

Sem falar da integração com outras ferramentas de colaboração, como editores em nuvem, plataformas de versionamento e sistemas de feedback automatizado. A IA ajuda até nisso: sugere melhorias em tempo real, aponta trechos duplicados, destaca problemas de performance. Um verdadeiro copiloto técnico — e um fiscal bem exigente.

 

Aprendizado contínuo: a IA como aliada do conhecimento

Um dos maiores saltos que a IA generativa trouxe para a programação foi o acesso facilitado ao aprendizado. Ela virou uma espécie de professor particular, sempre disponível para explicar conceitos, sugerir soluções e até traduzir códigos de uma linguagem para outra. Isso é ouro, especialmente para quem está migrando de stack ou aprendendo algo novo.

E não pense que isso é só para iniciantes. Mesmo desenvolvedores seniores podem se beneficiar desse apoio constante. A IA não sabe tudo — e às vezes erra feio — mas ela oferece um ponto de partida rápido. Quem trabalha com Consultoria em TI, por exemplo, já percebeu que pode explorar a IA como uma extensão do raciocínio lógico: ela propõe, o humano refina. E isso gera um ciclo virtuoso de aprendizagem.

É claro que isso também levanta um debate: será que estamos nos tornando dependentes da IA para pensar? Será que ela está “emburrecendo” os programadores? Talvez não. O que está mudando é o tipo de inteligência exigida. Menos decorativa, mais interpretativa. Menos “lembrar de cabeça”, mais “saber onde e como buscar”. E, sejamos sinceros, isso tem muito mais a ver com o mundo real do que com qualquer prova de faculdade.

 

Automação e manutenção: um novo patamar de eficiência

Agora vamos falar sobre manutenção de sistemas — aquele lado menos glamouroso, mas absolutamente essencial da programação. A IA generativa também está entrando com força aqui. Corrigir bugs, refatorar código legado, sugerir testes automatizados… tudo isso já pode ser feito com apoio da IA. E o impacto disso nos bastidores é gigantesco.

Não é exagero dizer que o ciclo de vida do software se encurtou. O que antes levava dias, agora pode levar horas. A detecção de erros ficou mais rápida, a escrita de testes mais simples, e a automação de deploys, mais confiável. Em cenários onde o Suporte técnico de TI é um gargalo ou exige muita intervenção humana, a IA entra para suavizar — e às vezes até eliminar — boa parte do trabalho manual.

Sem contar que ela ajuda a manter padrões. Quem nunca pegou um projeto antigo cheio de “gambiarras” e código sem explicação? Pois é, agora existe uma chance real de padronizar, reescrever, entender e documentar — mesmo códigos escritos anos atrás por alguém que já saiu da empresa. A IA não faz milagres, mas ajuda a reconstituir o raciocínio original com base no código. O que, convenhamos, já é um superpoder.

 

Segurança no desenvolvimento: IA também protege

Segurança digital não é mais assunto só do setor de infraestrutura. Desenvolvedores agora são parte fundamental dessa frente. E a IA generativa também tem um papel importante aqui. Ela pode alertar sobre falhas de segurança, sugerir práticas mais seguras, identificar padrões perigosos no código. Tudo isso em tempo real — antes mesmo do deploy.

Claro que isso não elimina a necessidade de práticas mais robustas, políticas de acesso, testes de vulnerabilidade e criptografia. Mas reduz (e muito) a chance de erro humano em tarefas básicas. Quando combinada com sistemas focados em Segurança da informação, a IA torna o desenvolvimento mais preventivo e menos reativo. E isso, no mundo digital, faz toda a diferença.

Outra vantagem: os alertas e sugestões de segurança ajudam até no aprendizado. A IA explica o porquê de uma prática insegura e sugere alternativas melhores. Isso educa o desenvolvedor e fortalece uma cultura dev mais consciente e preparada para os desafios modernos. Afinal, segurança não é um extra. É parte do código desde o início.

 

Reinventando o papel do desenvolvedor

Talvez a mudança mais profunda causada pela IA generativa na programação não seja técnica — mas sim cultural. O programador do futuro já não é o mesmo de ontem. Hoje, ele precisa ter habilidades mais híbridas: entender negócios, pensar em experiência do usuário, traduzir problemas humanos em soluções digitais. A IA assume parte do código, e o humano assume o raciocínio.

Isso também muda a relação com o tempo. O que antes era sinônimo de longas maratonas de digitação, agora é otimizado com ferramentas que ampliam a capacidade de entrega. Dá pra fazer mais — com mais qualidade — e em menos tempo. Mas isso exige atenção, senso crítico e um olhar sempre atento sobre o que está sendo gerado. A IA é rápida, mas não é infalível.

O interessante é ver como isso revaloriza a criatividade. Agora que a base técnica pode ser parcialmente automatizada, sobra mais espaço para pensar fora da caixa, criar produtos inovadores e testar ideias ousadas. E isso, no fim das contas, é o que faz um programador se destacar. A IA não rouba a autoria — ela expande a autoria.

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